No último dia 26 de novembro, mais de 20 mil professore(a)s do Rio Grande do Sul, em greve desde o dia 18/11, se reuniram em assembleia geral convocada pelo Comando de Greve do CPERS/Sindicato. A repressão ocorreu contra a tentativa do(a)s professores de protocolar um ofício solicitando a retirada do projeto de reestruturação administrativa do Estado do Rio Grande do Sul, que foi apresentado pelo governo de Eduardo Leite (PSDB).
Em nota anterior (ver Circular nº 509/19, de 25 de novembro), o ANDES-SN manifestou sua solidariedade à legítima greve realizada pela categoria contra um pacote que retira direitos e congela salários de professore(a)s e demais servidore(a)s estaduais.
Mais uma vez, a truculência falou mais alto: o mesmo governo que ordenou o corte de ponto do(a)s grevistas, apelou, dessa vez, para a repressão violenta: ao invés de receber um grupo de 30 professore(a)s que pretendiam, pacificamente, protocolar um ofício apresentando a pauta do movimento paredista, a tropa de choque da Brigada Militar o(a)s reprimiu violentamente, deixando oito pessoas feridas, inclusive a presidente do CPERS/Sindicato.
A violência repressiva tem sido, cada vez mais, a resposta de governos no curso da implantação da agenda de austeridade, que ataca servidore(a)s, desmonta os serviços públicos e retira direitos, historicamente conquistados pela classe trabalhadora. Esse ato de repressão pelo governo do estado deve ser repudiado por todas e todos que lutam por direitos sociais e contra a violação de liberdades democráticas.
Reafirmamos nosso apoio à greve do(a)s professore(a)s e funcionário(a)s da educação, assim como de outro(a)s servidore(a)s público(a)s do Rio Grande do Sul. Repudiamos a arbitrariedade e a violência estatal utilizadas para combater uma greve legítima.
Contra o pacote de reformas de Eduardo Leite (RS)!
Lutar não é crime!
Em defesa da educação pública e gratuita!
Brasília (DF), 28 de novembro de 2019
Diretoria Nacional do ANDES-SN