NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN DE REPÚDIO À VIOLENTA REPRESSÃO DA POLÍCIA MILITAR DO GOVERNO TARCÍSIO DE FREITAS, CONTRA ESTUDANTES QUE PROTESTAVAM NA ALESP

NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN DE REPÚDIO À VIOLENTA REPRESSÃO DA POLÍCIA MILITAR DO GOVERNO TARCÍSIO DE FREITAS, CONTRA ESTUDANTES QUE PROTESTAVAM NA ALESP

Publicado em 24 de Maio de 2024 às 09h03

No último dia 21 de maio, terça-feira, estudantes foram violentamente reprimido(a)s no interior das dependências da Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, quando protestavam contra o PLC 9/2024, que amplia a militarização na educação pública, permitindo que policiais militares aposentado(a)s atuem como monitore(a)s nas chamadas “escolas cívico-militares”. O projeto institui no interior da gestão das escolas um “núcleo militar”, constituído exclusivamente por policiais militares da reserva, o qual seria “responsável pelo acompanhamento da organização e da segurança escolar e pelo desempenho de atividades extracurriculares de natureza cívico-militar”. O projeto estabelece a este(a)s monitore(a)s uma remuneração de 2,5 Unidades Básicas de Valor por jornada diária de 8 horas, o que implica em uma remuneração superior à grande maioria do magistério paulista.

A justa indignação e revolta com o conteúdo deste projeto motivou manifestação de estudantes contrário(a)s à sua aprovação, o(a)s quais foram barbaramente espancado(a)s pela Tropa de Choque da Polícia Militar do estado de São Paulo, em imagens que revoltam pela truculência e ferocidade. O uso de bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cassetetes foi absolutamente despropositado e injustificado, frente a uma manifestação que não implicava em nenhum risco de qualquer ordem. A violência desmedida atingiu inclusive parlamentares. A responsabilidade política por este ato bárbaro é do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), da Secretaria de Segurança Pública e do Comando da Polícia Militar.

O ANDES-SN repudia o uso da força policial contra o movimento estudantil e o ataque à democracia perpetrado pelo Governo de Tarcísio de Freitas na ALESP! A militarização da educação é expressão de um governo que não valoriza a educação pública, não garante as condições necessárias ao seu desenvolvimento e não valoriza o(a)s professore(a)s, ao passo que a forma violenta como impôs sua tramitação (e lamentável aprovação com 53 votos favoráveis contra 21 contrários) simboliza a incompatibilidade entre militarização e educação.

 

Não à militarização!

Escola não é quartel!

Pela liberdade de ensinar e aprender!

 

Brasília (DF), 23 de maio de 2024.

 

 

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

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