O ANDES-SN vem a público se solidarizar com o(a)s familiares das vítimas e a população da cidade de Petrópolis, no Rio Janeiro, que nesta terça-feira, 15 de fevereiro, foi surpreendida por mais um desastre ambiental de grandes proporções.
De acordo com boletins de notícias já são mais de 100 mortes registradas e muito(a)s desabrigado(a)s, sendo importante denunciar que o desastre ocorrido foi alertado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEM). Precisamos lembrar os acontecimentos no estado do Rio de Janeiro no ano de 2011, com enchentes onde 918 pessoas morreram em seis municípios do Rio.
Neste ano de 2022, foram diversos desastres dessa natureza, sobretudo tratando dos casos de Bahia, Minas Gerais, São Paulo e agora no Rio de Janeiro. Estes acontecimentos não estão isolados. Sabemos que as fortes chuvas estão dentro de uma política desenfreada de destruição da natureza e um dos fatores do seu agravamento é a especulação imobiliária que se intensifica. A realidade da crise climática que ambientalistas cotidianamente nos alertam traz por consequência a intensificação de eventos como estes.
Neste sentido os governos, no âmbito federal, estaduais e municipais precisam ter como política central a proteção da natureza e da vida. É importante reconhecer que as catástrofes climáticas guardam relação sócio-político-econômica, em que a miséria e a falta de políticas públicas para moradia levam, por exemplo, à ocupação de encostas e o desmatamento, gerando sujeição populacional a áreas de risco geológico. Nada se compara, porém, ao desmatamento criminoso de áreas que deveriam ser de proteção ambiental estejam sendo usada para construções de grandes empreendimentos.
Mas, pelo contrário, os governos, negam recursos e criminalizam aquele(a)s que denunciam a falta de políticas públicas. No Brasil, a política negacionista do Governo Bolsonaro abandona a população à sua própria sorte. As ocorrências em Petrópolis são emblemáticas. Nota-se que mesmo que sendo um alerta dado, não foi levada a sério o controle científico do órgão responsável, expressando o modo como o governo federal vem negando os estudos e pesquisas realizados pelas instituições.
Manifestamos toda nossa solidariedade a(o)s familiares das vítimas de mais esse desastre ambiental e toda comunidade de Petrópolis e reiteramos nossa luta por um mundo na qual a vida esteja acima dos lucros.
Brasília, 18 de fevereiro de 2022.
Diretoria Nacional do ANDES-SN