A Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional se solidariza com as vítimas e todas as pessoas afetadas, direta ou indiretamente, pelas fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul. Até o momento, somam-se mais de 20 mortes e dezenas de pessoas estão desaparecidas.
As chuvas, cujos volumes ultrapassaram os 500mm nos últimos três dias, afetaram 114 municípios, com milhares de pessoas desabrigadas, ruptura de barragens e rodovias interditadas. O governo do estado está com dificuldades no resgate de pessoas que estão ilhadas e apela por maior ajuda do governo federal. Vale lembrar que, durante o governo de Jair Bolsonaro – Hamilton Mourão, houve cortes significativos de verbas destinadas ao Ministério do Desenvolvimento Regional, situação que ainda não foi revertida no atual governo. O anterior governo estadual, o mesmo que agora apela por ajuda e que considera esse “o maior desastre já enfrentado”, também reduziu verbas destinadas à área. Mesmo depois de 50 mortes resultantes das chuvas em 2023, não houve esforços dos governos em reestabelecer os orçamentos para garantir medidas de proteção às pessoas mais suscetíveis aos efeitos das chuvas. A isso se soma o incentivo a práticas de destruição do solo, das matas nativas e dos rios, com destaque para a monocultura de árvores e de soja, e para a mineração.
As aulas das escolas estaduais e municipais foram suspensas, assim como as atividades da Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do campus da Universidade Federal do Rio Grande em Santo Antônio da Patrulha. Diversas instalações de universidades e institutos federais foram comprometidas e os campi estão ilhados; estudantes, servidora(e)s docentes e técnico-administrativa(o)s e suas famílias estão sendo afetados.
O governo estadual decretou estado de calamidade pública e há previsão das fortes chuvas continuarem nos próximos dias.
O que vive hoje a população do Rio Grande do Sul é um desastre produzido, resultado da lógica de exploração imposta pelo capitalismo que, além de destruir o ambiente, produz desigualdades que levam as pessoas a situações de absurda vulnerabilidade.
Reforçamos nossa solidariedade e instamos as administrações a tomarem medidas que garantam acolhimento e proteção à toda comunidade
Brasília(DF), 02 de maio de 2024.
Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional.