A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) encontra-se sob intervenção desde setembro de 2020. A despeito da resistência da comunidade universitária e inclusive da aprovação de sua destituição pelo Conselho Universitário (CONSUN) em dezembro de 2023, a intervenção não foi revertida e o interventor Carlos Bulhões caminha para a conclusão de sua ilegítima gestão. Como expressamos em nota de apoio (Circular 447/2023), esperávamos que o MEC respeitasse a autonomia universitária e encaminhasse a destituição aprovada pelo CONSUN, o que infelizmente não ocorreu.
Neste contexto, como expressão das lutas pelo avanço da democracia, o CONSUN encaminhou processo de consulta paritária e sob coordenação das entidades sindicais e estudantis. Este processo vem sendo atacado por integrantes da atual gestão e, de forma especial, pela ação movida pelo Pró-reitor Interventor de Inovação, Geraldo Jotz, contra o encaminhamento democrático, legítimo e legal tomado pelo CONSUN.
Além disto, o autor da ação indicou de forma arbitrária docentes como polo passivo da ação, incluído integrantes de uma, dentre as três chapas inscritas que concorrem à Reitoria.
Repudiamos veementemente qualquer tentativa de pressionar, constranger, atrasar ou inviabilizar o processo democrático de escolha do novo Reitor não interventor na UFRGS, que expressa a total ausência de compromisso democrático daquele(a)s que integram uma gestão interventora.
Não às Intervenções!
Em defesa de eleições democráticas para todas as reitorias!
Em defesa da Autonomia Universitária!
Brasília (DF), 28 de junho de 2024.
Diretoria do ANDES – Sindicato Nacional