A Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Asduerj Seção Sindical do ANDES-SN) tem sofrido ataques, por parte da Administração Superior da universidade, devido aos posicionamentos políticos da entidade, resultantes das deliberações de assembleias de base. A Asduerj SSind. se posicionou pela revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 38/2024, que impõe profundos cortes nas bolsas para estudantes em vulnerabilidade social, como a restrição do Auxílio-Alimentação, e aumenta a burocracia para a comprovação de renda de um número significativo de estudantes.
Após a divulgação dos cortes, estudantes da Uerj ocuparam o prédio da Reitoria da Uerj e permanecem em ocupação até hoje. Por isso, também estão sofrendo com a criminalização de seu movimento. A Seção Sindical, por sua vez, está sendo atacada por apoiar a luta das e dos estudantes e por compreender que a defesa da permanência estudantil também é uma luta do movimento docente.
“O ANDES-SN se solidariza com a Asduerj SSind. diante dos ataques que vem sofrendo e que ferem de morte a autonomia e independência política como entidade representativa dos/as docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, por meio do incentivo à desfiliação da seção sindical, em um momento de profundas crises do movimento sindical e de baixas taxas de sindicalização e de ascenso da extrema direita. Esse tipo de ataque caracteriza uma prática antissindical da Administração Superior e seus e suas aliados/as”, afirma a diretoria do Sindicato Nacional em nota. Acesse aqui o documento.
Entenda
Publicado e colocado em vigor durante o recesso acadêmico, no final de julho, o Aeda 038/2024 apresenta cortes significativos nas bolsas para estudantes em vulnerabilidade social, como a restrição do auxílio-alimentação aos e às discentes cujos cursos tenham sede em campi que ainda não possuam Restaurante Universitário. Cria, também, dificuldades burocráticas para a comprovação de renda de um conjunto significativo de quem estuda na universidade.
No dia 7 de agosto, estudantes ocuparam a reitoria da Uerj, no Campus Maracanã, e mais dois Campi, contra o ato que retrocede nos direitos estudantis. “Exigimos a revogação imediata desses desmontes e uma recomposição orçamentária urgente! A não penalização jurídica aos estudantes que compõem a ocupação! Não iremos recuar enquanto nossos direitos não forem reestabelecidos”, afirmou o Diretório Central de Estudantes (DCE), em suas redes sociais.
Desde então, vários atos, assembleias conjuntas da comunidade acadêmica e tentativas de diálogo com a reitoria ocorreram pela revogação do Ato Administrativo. No entanto, a administração da Uerj segue intransigente, tem reprimido as manifestações estudantis e criminalizado o movimento.
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