Milhões de pessoas saíram às ruas em pelo menos 50 cidades brasileiras, na quinta-feira (11), no Dia Nacional de Mobilização Fora Bolsonaro: em defesa da democracia e por eleições livres, direitos sociais, contra a violência, o desemprego e a fome. Os atos foram antecedidos pela leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”, em diversos locais pelo país. O documento recebeu mais de 1 milhão assinaturas, dentre elas a do ANDES-SN, e foi elaborado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), onde ocorreu o ato oficial de leitura da carta.
O Sindicato Nacional conclamou docentes de todo o país a aderirem às manifestações, para derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas, conforme consigna aprovada em seu 40º Congresso. Em resposta, as seções sindicais construíram atos, em unidade com os movimentos estudantis e sociais e entidades políticas, em diversas cidades do país, contra as investidas do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) em minar as eleições e a democracia brasileira. As e os estudantes também participaram em peso das manifestações no dia 11 de agosto, data em que se comemora o Dia do Estudante.
Confira algumas das atividades:
Em São Paulo, a Carta foi lida durante a manhã por ex-estudantes no pátio da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo do São Francisco, com transmissão para outras universidades e centros acadêmicos. Milhares de pessoas participaram do momento. À noite, foi realizado um novo ato, organizado por movimentos sociais e estudantes, que teve início no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e foi encerrado na Praça do Ciclista. Manifestantes circularam com faixas em defesa da democracia e a educação, e palavras de ordem como "A verdade é dura, o Bolsonaro é filho da ditadura" e "Nenhum passo atrás, ditadura nunca mais".
Na capital federal, também houve a leitura da Carta na parte externa da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) e, a tarde, as e os manifestantes se concentraram em frente ao Museu da República e, depois, saíram em marcha pela Esplanada dos Ministérios.
Em Manaus (AM), uma passeata foi realizada pelas ruas do centro da cidade A manifestação teve concentração na Praça da Saudade, onde o ato foi encerrado com atividades culturais. As comunidades acadêmicas das universidades Federal do Amazonas (Ufam) e do Estado do Amazonas (UEA), além de discentes, professoras e professores dos institutos Federal do Amazonas (Ifam) e de Educação do Amazonas (IEA). As cidades de Parintins e Tefé também se somaram às manifestações.
Já em Belém (PA), entidades sindicais, movimentos estudantis, sociais e populares fizeram uma marcha do Mercado de São Brás até a Praça da República, em defesa da democracia, por eleições livres, direitos sociais, contra a violência, o desemprego e a fome.
Em Vitória da Conquista (BA), a manifestação foi realizada na Praça 9 de Novembro. Sindicatos, partidos políticos, movimentos sociais e populares criticaram as ameaças antidemocráticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre as eleições, além dos ataques à educação e à classe trabalhadora. Professoras e professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) presentes na atividade fizeram a leitura pública conjunta da carta em defesa da democracia.
Ainda na Bahia, manifestantes questionaram, em ato público em frente à Prefeitura de Feira de Santana, as ameaças antidemocráticas de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro. Também destacaram o quadro de pobreza que avança no país com o desemprego, à violência e os cortes na saúde e educação. Na capital Salvador, também ocorreu a leitura da carta, procedida de uma passeata.
Já em João Pessoa (PB), manifestantes em defesa da Democracia e da realização de eleições livres no país se concentraram em frente ao Lyceu Paraibano, no centro da cidade, e seguiram em caminhada até o Ponto de Cem Reis. Em Campina Grande também teve ato na Praça da Bandeira.
As e os maceioenses marcaram presença na manifestação em defesa da democracia e das eleições livres. O ato teve concentração na Praça Centenário e seguiu em caminhada até a sede histórica da OAB Alagoas, onde ocorreu a leitura da carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito.
No Rio de Janeiro, os protestos ocorreram na Candelária, no centro da cidade, no fim da tarde, em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro. Uma multidão percorreu às ruas até chegar à Cinelândia, onde o evento foi encerrado. As seções sindicais estiveram presente no ato. Na parte da manhã, a Carta aos Brasileiros e Brasileiras foi lida na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na PUC-Rio.
Estudantes, juristas e entidades sindicais foram às ruas em Porto Alegre, na quinta-feira, em ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro. Após concentração em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos, grupos se reuniram na faculdade de direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em Santa Maria, na Região Central, um ato público em defesa da educação foi realizado na Praça Saldanha Marinho. Em Pelotas, o protesto se concentrou no Mercado Público e depois percorreu as ruas do centro da cidade.
Saiba mais:
11 de agosto é Dia Nacional de Mobilização Em defesa da democracia e pelo Fora Bolsonaro