Com o início das atividades do segundo semestre de 2022 na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), foi lançada a campanha Contra o Assédio da Uefs, organizada coletivamente por trabalhadoras, trabalhadores e estudantes da instituição. Assinam a campanha a Comissão dos Estudantes, o Diretório Central dos Estudantes (DCE), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia (Sintest), Associação dos Docentes da Uefs (Adufs Seção Sindical do ANDES-SN) e Sindicato dos Vigilantes de Feira de Santana (Sindvigilantes).
A proposta da campanha é combater situações de assédio que vêm sendo denunciadas de forma cada vez mais frequente na instituição, tanto entre trabalhadoras e trabalhadores, como entre estudantes. Durante todo o semestre, serão promovidas ações para ampliar o debate sobre este crime já tipificado no código penal.
Diversas peças gráficas foram preparadas para dar visibilidade à campanha. Já no pórtico da Uefs é possível ver os outdoors de lançamento. Além disso, por todo o campus estão espalhados cartazes com informações sobre o que caracteriza o assédio, os tipos, consequências para as vítimas e como denunciar.
Além do material informativo nas paredes da universidade, será realizada uma pesquisa de levantamento de dados sobre situações de assédio na Uefs para construção de uma cartilha informativa sobre o tema. Este material será fundamental para que as entidades dialoguem com a Administração Central sobre a ampliação de medidas necessárias para a prevenção e combate deste tipo de violência que afeta o cotidiano de trabalhadoras, trabalhadores e estudantes, levando ao comprometimento físico e adoecimento mental.
Situação preocupante
Dados de outras instituições mostram números preocupantes de uma realidade que não está restrita à Uefs. Um levantamento realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 2020, ouviu mais de seis mil membros da comunidade acadêmica entre homens e mulheres. A pesquisa mostrou que 10,4% de docentes, 13,4% de técnicos e técnicas e 11,8% de estudantes já haviam sofrido assédio sexual na instituição. A maioria das vítimas era mulheres.
A produção e análise de dados sobre estas situações são fundamentais para identificação dos perfis de agressores e agressoras e vítimas e promoção de ações concretas para combater o assédio e, ainda, impedir a recorrência dos casos.
Fonte: Campanha Contra o Assédio na Uefs, com edição do ANDES-SN