Depois de três dias de muitos debates, chegou ao fim o VII Seminário Estado e Educação, realizado de sexta a domingo (10 a 12), na Universidade Estadual do Ceará (Uece), em Fortaleza. Com o tema central “O projeto do Capital para a Educação: como enfrenta-lo?”, as e os participantes discutiram os diferentes aspectos dos ataques à Educação.
Na manhã de domingo (12), as e os docentes se dividiram em grupos de trabalho para aprofundar o debate e propor encaminhamentos sobre os variados temas abordados nos dois dias de evento como a precarização das condições de ensino e aprendizagem, a militarização das escolas, o Novo Ensino Médio, a Base Nacional Curricular de Formação (BNCF), a plataformização e intensificação do trabalho docente, a Política de Cotas e o racismo estrutural na Educação.
Arte fortalece a luta
Na sequência, antes da Plenária de Encaminhamento, as professoras e os professores assistiram a apresentação do Maracatu Maracatu Nação Fortaleza, coordenado pelo músico Calé Alencar.
Rosineide Freitas e Claudia Piccinini apresentaram os encaminhamentos propostos pelos grupos. De acordo com Elizabeth Barbosa, 1ª vice-presidenta da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN e da coordenação do GT de Política Educacional do sindicato, que serão sistematizados pelo GTPE em reunião nacional que será convocada em breve.
“Esse sétimo seminário Estado e Educação teve uma importância muito grande para esse momento que estamos vivendo na conjuntura, com ataques às políticas educacionais, cortes orçamentários, em meio a nossa campanha pela recomposição orçamentária da Educação. Abrir o seminário pensando que projeto é esse de Educação que o Capital traz e como que enfrentamos isso foi muito acertado”, avaliou Elizabeth.
A diretora do Sindicato Nacional destacou que o seminário colocou vários desafios, e também aglutinou muitas pessoas, de várias seções sindicais, o que permitiu aprofundar as reflexões para além dos temas das mesas. Ela destacou ainda que o novo governo já aponta também qual deve ser a postura frente à Educação nesses quatro anos, período em que deve ser discutido um novo Plano Nacional de Educação, que, na sua percepção, estará ainda mais direcionado para a mercadorização da Educação.
“Eu acho que avançamos muito. Foi um momento muito importante para nós, para o Sindicato Nacional, para pensar e nos fortalecer para continuar nessa luta. Acho que o seminário foi muito bom e voltamos para as nossas instituições com tarefas bastante importantes para esse momento”, concluiu.
O evento foi encerrado com um chamado para que todas e todos fortaleçam a organização, através de suas seções sindicais, do Dia Nacional de Luta pela Revogação do Novo Ensino Médio na próxima quarta-feira, 15 de março, nos estados e também em Brasília (DF).
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