Professoras e professores da rede básica estadual de Sergipe têm lutado por melhores condições de trabalho, carreira, concurso público e salários. No dia 12 de novembro, a categoria paralisou as atividades nas escolas e realizou um ato na capital Aracaju, cobrando do governador Fábio Mitidieri (PSD) a abertura de negociação e o cumprimento da pauta de reivindicações.
Em vez de dialogar, o governador se recusou a receber as e os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) e solicitou a abertura de inquéritos penal e civil contra o presidente do sindicato, o professor Roberto Silva. Além disso, de acordo com o Sintese, o governador também pediu o bloqueio das contas da entidade e a aplicação de uma multa diária de R$ 250 mil para qualquer movimento de paralisação da categoria.
As professoras e os professores da rede básica estadual enfrentam um cenário de falta de valorização profissional, com gratificações congeladas e perdas salariais significativas. Segundo Sintese, o descumprimento da Lei do Piso Salarial do Magistério pelo governo resultou em uma redução salarial de 54% ao mês.
O ANDES-SN publicou uma nota, na última quinta-feira (14), em repúdio às ações do governo sergipano, destacando que a luta por melhores condições de trabalho e salário é um direito constitucional da classe trabalhadora no Brasil. “Na democracia não há espaço para autoritarismo e ataques à classe trabalhadora! Nos solidarizamos com o Sintese e a toda categoria docente da educação básica de Sergipe”, diz a diretoria do Sindicato Nacional.
Foto: Sintese