Centenas de servidores públicos foram às ruas na terça-feira (29) protestar contra o governo Zema, a adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal e a privatização das estatais mineiras, como a Cemig, Copasa e Gasmig. Para garantir a adesão ao Regime, Zema (Novo) atropelou a Assembleia Legislativa, recorrendo à intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para privatizar patrimônio do povo mineiro, o governador tenta mudar a constituição, impedindo que população seja consultada. “O governo Zema quer avançar na privatização das empresas estatais mineiras e aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, que para a nossa categoria tem duas penalidades: não teremos nos próximos nove anos nenhum reajuste salarial e não teremos novos concursos públicos”, ressaltou Tulio Lopes, presidente da Associação de Docentes da Universidade Estadual de Minas Gerais (Aduemg SSind).
Tulio acrescentou ainda que as e os docentes das estaduais mineiras sofrem com uma defasagem salarial de 66%. “Os professores e professoras da UEMG e Unimontes recebem um dos piores salários de docentes de nosso país. E ele [Zema] ainda quer retirar mais direito dos trabalhadores e das trabalhadoras”, denunciou.
Segundo o docente, de acordo com o site Transparência, do Tesouro Nacional, a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal implica o congelamento dos salários e a inexistência de concursos para docentes e técnicos das universidades estaduais mineiras, assim como de todo o funcionalismo estadual. "Essa unidade da classe trabalhadora será fundamental para a derrotarmos esses dois projetos do Zema”, acrescentou o presidente da Aduemg SSind. durante o ato em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
* Com informações do Brasil de Fato/MG