Docentes em greve reforçam ato que é parte da greve da educação
A Esplanada dos Ministérios voltou a respirar democracia e foi o cenário de mais uma grande manifestação por direitos nessa quarta-feira (17). Servidoras e servidores públicos federais vindos de todo o país, unidos a estudantes e movimentos sociais, protestaram contra a proposta de reajuste zero apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).
A “Marcha a Brasília” integra a Jornada de Lutas organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos (Fonasefe). Nesse universo que reúne os e as protagonistas do serviço público federal na luta por direitos, o destaque foi para as categorias da Educação. ANDES-SN, Fasubra Sindical e Sinasefe reforçaram a manifestação de cerca de dez mil pessoas, nessa grande greve da educação federal.
Pela parte da tarde, uma nova mobilização reuniu docentes, técnicos(as), servidores(as) e estudantes em frente ao Ministério da Educação (MEC). Ali aconteceu uma aula pública, tendo o orçamento público como mote. Mais uma vez foram entoadas palavras de ordem abordando as reivindicações das diversas categorias.
Falando pelo Sindicato Nacional, o presidente Gustavo Seferian subiu o tom e deu o recado: “Não aceitaremos reajuste zero. Continuaremos lutando pelos nossos direitos. Não só das instituições de educação, mas do conjunto do serviço público”, afirmou. E completou “Nossa jornada de luta está apenas começando”.
Conversa no MGI
Ainda no meio da tarde, representantes de algumas entidades sindicais reuniram-se brevemente com o secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo. Falando pelo governo, Feijóo insistiu no reajuste zero e novamente condicionou as negociações pulverizadas em mesas setoriais – enfraquecendo a pauta unificada de servidoras e servidores – e a assinatura, pelas entidades, do “Termo de Compromisso”, nome dado à proposta rebaixada oferecida pelo governo na rodada de negociação fracassada, em 10 de abril.
O governo também reafirmou posição em defesa de soluções que penalizam aposentadas e aposentados, mantém o arrocho salarial e reajusta apenas penduricalhos: o Auxílio-alimentação passando de R$ 658 para R$ 1000; a Assistência Pré-escolar de R$ 321 para R$ 484,90 e o valor per capita da Saúde Suplementar reajustado com escalonamento em até 51%.
Assista ao vídeo da Marcha: