Um dia após os atos antidemocráticos em Brasília (DF), mais de 60 cidades e o Distrito Federal registraram manifestações contra os ataques promovidos por integrantes da extrema-direita, no último domingo (8), que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) e desrespeitaram a democracia.
Uma das palavras de ordem que mais se ouviu nas manifestações de segunda (9) foi "sem anistia" em referência à responsabilização dos que promoveram, incentivaram ou financiaram os atos na capital federal e também do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes cometidos durante seu mandato. O ex-presidente se encontra nos Estados Unidos da América desde que perdeu seu foro privilegiado.
As manifestações contaram com a participação das seções sindicais do ANDES-SN e de sua base que se juntaram aos movimentos sociais, sindicais e políticos do campo progressista e democrático.
Em Brasília, o epicentro dos atos terroristas, a comunidade acadêmica realizou na faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) manifestações contra os atos terroristas. Ao final da tarde, ao som de tambores, com bandeiras e gritos de "Fora, Ibaneis e a Celina", manifestantes se concentraram em frente ao Palácio do Buriti, sede do poder executivo do Governo do Distrito Federal. O governador Ibaneis Rocha (MDB), afastado por 90 dias do cargo, é acusado de ser conivente com os atos antidemocráticos do último domingo por não ter garantido a segurança e a ordem no DF. A presidenta do ANDES-SN, Rivânia Moura, participou do protesto junto com docentes da UnB.
Em São Paulo, a Avenida Paulista foi tomada por milhares de manifestantes em defesa da democracia. A concentração ocorreu no Vão Livre do Museu de arte de São Paulo (Masp). Além de movimentos sociais e sindicatos, o ato foi convocado por torcidas organizadas. Em Campinas (SP), houve manifestação no Largo do Rosário, região central da cidade. Mais cedo A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) realizou nesta segunda-feira (9) um ato em defesa da democracia que contou com a presença em peso da comunidade acadêmica, reitor da USP e representantes de instituições públicas e de entidades.
No Rio de Janeiro, mesmo debaixo de chuva, centenas de pessoas comparecem ao tradicional ponto das manifestações políticas da cidade, na Cinelândia, para repudiar os ataques terroristas realizados em Brasília. Docentes das instituições federais e estaduais fluminenses participaram da manifestação.
A chuva também não deteve os docentes da Universidade Federal de Manaus (UFAM), que estiveram presentes no Largo São Sebastião, a partir das 17h, na manifestação que reuniu centenas de integrantes de movimentos sociais, populares, estudantis e sindicais.
Em Belém (PA), milhares de pessoas compareceram ao protesto em frente ao Mercado São Brás em defesa da democracia e contra os atos realizados no domingo (8). Nesta terça-feira (10), a mobilização continua no Campus Guamá da Universidade Federal do Pará (Ufpa). Na cidade de Teresina (PI), docentes em unidade com movimentos sociais, sociedade civil e entidades sindicais se concentraram no cruzamento das avenidas Miguel Rosa e Frei Serafim, no centro da capital, para defender a Democracia e dizer "Ditadura Nunca Mais".
Na Bahia, docentes foram às ruas na capital Salvador e diversas cidades do estado, como Itabuna e Feira de Santana rechaçando os atos terroristas que resultaram, entre outros crimes, na destruição do patrimônio público no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
Em Maceió (AL), o ato reuniu movimentos sociais, populares, estudantes, professores, sindicatos e diversas representações da classe trabalhadora. O recado foi dado: a defesa da democracia é inegociável. “Sem anistia!” foi também o grito que ecoou nas ruas do centro de Recife (PE) no ato em defesa da democracia realizado no final da tarde desta segunda (9), no Centro da capital pernambucana. Milhares de pessoas se reuniram para defender o bem maior do povo brasileiro e pedir punição para os golpistas, terroristas e criminosos, sobretudo os seus incentivadores e financiadores. O mesmo ocorreu em Fortaleza (CE), onde a categoria participou do Ato Unificado em Defesa da Democracia.
No estado de Minas Gerais, ocorreram manifestações em várias cidades. Em Belo Horizonte, o protesto começou às 18h, na Praça Sete, no Centro da cidade, e seguiu pacificamente em direção à Praça da Estação, na mesma região. As e os manifestantes portavam faixas, cartazes e bandeiras em defesa das eleições e da manutenção do estado democrático no país. Outras cidades mineiras, como Poços de Caldas, Uberlândia, Varginha e Lavras também reuniram pessoas contra os atos de invasão que aconteceram em Brasília.
Entoando gritos como “todo golpista é inimigo da nação” e “sem anistia”, docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) , junto com representantes de movimentos sociais e populares, outras entidades sindicais foram às ruas de Vitória (ES), nessa segunda (9) defender a democracia.
Em Porto Alegre (RS), o ato foi convocado por movimentos sociais e é realizado na Esquina Democrática, o cruzamento entre a Rua dos Andradas e a Avenida Borges de Medeiros, no Centro Histórico, reunindo milhares de pessoas. Já em Santa Maria (RS), "Sem anistia e sem perdão. Queremos os golpistas na prisão", essa foi a principal palavra de ordem proferida pelas centenas de manifestantes que, ao final da tarde de segunda (9) realizaram ato público na praça Saldanha Marinho e depois saíram em caminhada até a Câmara Municipal.
Em Pelotas (RS), os movimentos sindical, social, estudantil estiveram presentes no centro da cidade no final da tarde, em um ato a favor da democracia e em repúdio ao episódio na capital federal, exigindo a punição dos e das golpistas. As e os docentes da Furg participaram ocuparam o Largo Dr. Pio, no centro de Rio Grande para defender a democracia e repudiar os últimos atentados contra a ordem pública no Distrito Federal.
Com informações de agências de notícias e seções sindicais do ANDES-SN