Em 17 de abril de 1996, 19 militantes do MST foram executados pela Polícia Militar do Pará, no que ficou conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás.
Na data, trabalhadores rurais sem terra ocuparam a BR-155, rodovia que liga o sul do estado Belém. Eles marchavam para a capital, reivindicando a desapropriação de um latifúndio improdutivo e a sua destinação para Reforma Agrária.
O então governador, Almir Gabriel (PSDB), enviou as tropas comandadas pelo Coronel Mário Pantoja e pelo major José Maria Oliveira. O contingente militar saiu do quartel sem as devidas identificações na farda e com a ordem de “usar a força necessária, inclusive atirar”. A declaração foi dada dias depois do massacre pelo então secretário de segurança pública do Pará, Paulo Sette Câmara.
Na operação militar, segundo os laudos médicos, 10 trabalhadores foram executados à queima roupa, alguns, alvejados com tiros na nuca e na cabeça. Sete trabalhadores foram mortos a golpes de facão e enxada.
Em 2012, Pantoja e Oliveira foram condenados pela justiça. O primeiro a 228 anos e o segundo, a 158 anos de reclusão. Atualmente, nenhum dos dois está em regime fechado.