*publicada originalmente no dia 11/5 e atualizada
Representantes da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Aduems-Seção Sindical do ANDES-SN) se reuniram na semana passada (4) novamente com a Secretaria de Administração e Desburocratização do Estado (SAD) para novas tratativas a respeito da negociação do reajuste salarial que a categoria reivindica de 15%, entre outros pontos de interesse das e dos docentes. O governo concedeu apenas 5% de reajuste em decisão no mês de abril.
Na reunião, o governo declarou que tem como premissa adotar o subsídio, que é uma única linha no contracheque, para a categoria. “Para darmos uma resposta certeira, precisamos fazer um estudo, uma análise da folha, uma comparação entre o plano com o subsídio e o plano mantendo o sistema remuneratório de vencimento base. Assim, vamos analisar como é possível garantir a sustentabilidade para a carreira, com olhar nos cenários a curto, médio e longo prazo”, explicou a representante da SAD, Lea Maria Ribeiro.
Esmael Machado, presidente da Aduems SSind., ponderou que o sindicato defende o equilíbrio entre o salário inicial das carreiras na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (Uems) como um princípio nesta negociação. “Existe uma preocupação entre os filiados sobre a transição de vencimento base para remuneração por subsídio, além do temor sobre uma possível limitação para ascensão de todos até a última classe da carreira, caso se adote o modelo de tabela por letras. Se houver uma certeza de que não haverá limite de vagas até o último estágio da carreira, talvez consigamos avançar na negociação”, explicou. “Se nós não tivermos uma sinalização mais precisa sobre prazos nesta negociação, existe uma tendência de mobilização da categoria”, ressaltou.
A secretária de Administração, Ana Nardes, explicou que os estudos dos pedidos das carreiras, apresentados pela categoria docente, serão realizados nos meses de maio e junho para que até o início de julho tenha alguma proposta concreta para apresentar ao governador Eduardo Riedel (PSDB).
Para Hellen Thaís dos Santos, docente da Uems, “a categoria espera que, neste processo, seja considerado o que a Universidade fornece ao Estado. Nós criamos carreiras, fornecemos formação, educação, temos coisas grandes e valiosas a oferecer. Por isso, o interesse do governo deve ser o mesmo da Universidade, porque somos nós que iremos continuar fornecendo essa educação de qualidade, investindo na ciência, na tecnologia e precisamos atrair tanto docentes como estudantes para a UEMS”, disse.
Fonte: Aduems SSind., com edição e acréscimos de informações do ANDES-SN