Nos dias 17 e 19 de março (sexta a domingo), o ANDES-SN realizará seu VIII Seminário Saúde do(a) trabalhador(a) docente, sob organização do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) do Sindicato Nacional. Com o tema “Trabalho docente: implicações na saúde e reflexos na vida”, o evento acontecerá no Anfiteatro Parasitologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), organizado em conjunto com a Associação de Docentes da USP (Adusp) Seção Sindical do ANDES-SN.
Esse é o primeiro evento do Sindicato Nacional sobre saúde do trabalhador e da trabalhadora docente desde o início da pandemia de Covid-19. O anterior foi realizado em outubro de 2019, na cidade de Campina Grande (PB).
Na sexta (17), após a mesa de abertura prevista para às 18h, as professoras Camila Holanda Marinho, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), e Flávia Bulegon Pilecco, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), debatem o tema “A Pandemia, Ensino Remoto, Intensificação da Precarização do Trabalho e Adoecimento Docente”.
No sábado (18), os trabalhos começarão, às 09h, com a mesa “O papel do Estado e a saúde do(a) trabalhador(a): como as IES veem o SUS na perspectiva da saúde dos(as) servidores(as)”, com Veronica Fernandez, da Universidade Federal Fluminense (UFF), e Bruno Souza Bechara Maxta, da UFMG. Em seguida, Eblin Farage, da UFF, e Alexandre Galvão, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), abordarão o tema “Saúde e condições de trabalho dos(as) docentes”.
Já no período da tarde, a partir das 15 horas, será realizado o painel “Levantamento de saúde do trabalhador docente no período da Pandemia do Covid 19”, com participação de representantes das seções sindicais do ANDES-SN.
O encontro encerra no domingo (19), como reunião do GTSSA, para encaminhamentos. Elizabeth Barbosa, 1ª vice-presidenta da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN e da coordenação do GT, explica que esse evento é muito importante para o Sindicato Nacional e toda a categoria docente. Segundo ela, desde antes da pandemia, o GTSSA já vinha discutindo a dificuldade de tratar o adoecimento docente e pensar formas de enfrentar, a precarização e intensificação do trabalho e suas condições e os impactos dos cortes orçamentários na saúde de professoras e professores.
“Penso eu que esse seminário é muito importante, pois permitirá aprofundar essas temáticas. A gente tem uma dificuldade muito grande, enquanto categoria, de nos reconhecermos enquanto classe trabalhadora, de entendermos que a gente tem que ter uma perspectiva de saúde do trabalhador. Por muitas vezes, não nos sentimos trabalhadores e, muito menos, reconhecemos o nosso adoecimento em função do nosso trabalho”, afirmou.
Conforme Elizabeth, as mesas do Seminário irão relacionar a discussão de conceitos de saúde do trabalhador, do processo de saúde e doença e fatores sociais. “Acredito que vai ser um evento muito bom e eu espero que a gente saia fortalecidas, enquanto entidade e categoria, com uma ampliação do nosso entendimento desses nexos de saúde e de doença”, acrescentou.