Servidoras e Servidores de MG intensificam ações contra adesão ao Regime de Recuperação Fiscal

Publicado em 17 de Julho de 2024 às 15h48. Atualizado em 18 de Julho de 2024 às 10h04
Apesar de mobilização, governo Zema conseguiu aprovar proposta em primeiro turno. Foto: Arquivo/Aduemg SSind.

O governador Romeu Zema, mais uma vez, se movimentou para desmontar o serviço público de Minas Gerais e prejudicar a população que depende das políticas públicas e ainda retirar direitos de servidoras e servidores. E, apesar da mobilização de trabalhadoras e trabalhadores estaduais, o Projeto de Lei 1.202/2019 foi aprovado em primeiro turno na Assembleia Legislativa na segunda-feira (15).

O PL 1.202/2019 autoriza o estado de Minas Gerais a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal da União. Também tramita na ALMG o Projeto de Lei Complementar (PLC) 38/2023, que dispõe sobre a limitação do crescimento anual das despesas primárias e o pagamento da dívida estado com a União.

Além de não resolver o problema fiscal de Minas Gerais, se aprovadas, as propostas inviabilizarão por uma década a prestação dos serviços públicos mais básicos, penalizando milhares de trabalhadores e trabalhadoras. Também prejudicará o cumprimento de acordos firmados entre governo e categorias do funcionalismo estadual, que preveem recomposições salariais e concursos públicos.

“No caso da UEMG [Universidade do Estado de Minas Gerais], afeta principalmente uma das conquistas da nossa greve que é o cronograma dos novos concursos públicos. O RRF é uma proposta ultraliberal e autoritária na medida em que impõe uma série de restrições aos direitos dos servidores públicos e aponta para a privatização das estatais mineiras. Nós lutamos contra o Regime de Recuperação Fiscal e é importante ter esse debate a nível nacional, porque impacta outros estados da federação”, afirmou Túlio Lopes, presidente da Associação de Docentes da Uemg (Aduemg Seção Sindical do ANDES-SN), em ato na frente da ALMG durante a votação do PL 1.202/2019.

Foto: Arquivo / Aduemg SSind.

Mobilização
A Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, da qual fazem parte a Aduemg SSind. e a Regional Leste do ANDES-SN, segue na luta contra a aprovação dos projetos. A votação, em segundo turno, da adesão de Minas ao RRF está prevista para a próxima sexta-feira (19). Nesse dia, docentes e demais categorias do funcionalismo mineiro realizarão novo ato em frente à ALMG.

De acordo com Túlio Lopes, também será realizada uma campanha nas redes sociais denunciando todos e todas parlamentares que votaram a favor do RRF e contra os serviços públicos, as servidoras e os servidores. “Zema e seus aliados querem destruir os serviços públicos, privatizar as estatais mineiras e sucatear as universidades estaduais mineiras – Uemg e Unimontes. O RRF representa uma grave ameaça às nossas universidades. Caso aprovado, teremos nossos salários congelados e a impossibilidade de realizar novos concursos públicos. A Aduemg SSind se posiciona contra a adesão de Minas Gerais ao RRF e defende a realização imediata de uma Auditoria Pública da Dívida”, afirmou o presidente da seção sindical do ANDES-SN na Uemg.

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