Trabalhadoras e trabalhadores da educação fluminense aprovam continuidade da greve

Publicado em 07 de Junho de 2023 às 16h27.

Em luta em defesa de seus direitos, assim como demais categorias pelo Brasil, professores, professoras, funcionários e funcionárias administrativos das escolas estaduais do Rio de Janeiro decidiram dar continuidade à paralisação iniciada em 17 de maio. A manutenção da greve foi aprovada em assembleia realizada na tarde de terça-feira (6), no Circo Voador, no centro da capital fluminense.

As trabalhadoras e os trabalhadores da Educação do estado do Rio de Janeiro aprovaram ainda um calendário de mobilização para a próxima semana, com início no domingo (11), com ato em Copacabana, a partir das 10h. Após a assembleia, a categoria realizou uma passeata até a Assembleia Legislativa (Alerj).

A categoria cobra o pagamento do piso nacional do magistério para professores e o piso dos funcionários (merendeiras, serventes, porteiros etc.) referenciado no salário mínimo nacional, ou seja, nenhum funcionário ou funcionária receberá menos que o salário mínimo de piso. Exige, também, a garantia de que o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da educação (Lei 1.614/1990) seja cumprido, entre outras reivindicações.

Antes da assembleia, a secretária de Educação do RJ, Roberta Barreto, se reuniu com uma comissão do Sepe. Na audiência, o sindicato apresentou os pontos aprovados pela categoria. Ficou acordado, a pedido do sindicato, uma nova audiência com o governo, a ser realizada na próxima quarta-feira, dia 14. O Sepe solicitou, nesta próxima audiência, as presenças do governador Claudio Castro, do presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacelar, e de representantes da Secretaria de Fazenda e da Comissão de Educação da Alerj.

Em nota, a diretoria do ANDES-SN se solidariza e apoia a greve da rede básica estadual de ensino do Rio de Janeiro. “As reivindicações do Sindicato Estadual do(a)s Profissionais da Educação do Estado do RJ (Sepe-RJ) são justas e legítimas. A proposta do governador Cláudio Castro fere diretamente a legislação do plano de carreira do magistério da rede básica estadual e abre um precedente nefasto de desmantelamento dos planos de carreira no Brasil. O governador se recusa a aplicar a lei do piso nacional do magistério (Lei 11.738/08) e nega a negociação com o Sepe, enquanto surgem diversos casos de denúncias do uso inadequado de verbas exclusivas da educação por parte do executivo”, afirma o documento. Leia aqui.

Greve em Florianópolis
Na capital de Santa Catarina, as servidoras e os servidores públicos municipais também estão em greve, desde o dia 31 de maio, após 45 dias de tentativas de negociação que resultou em uma proposta de reajuste rebaixada, incluindo  o parcelamento  do vale-alimentação, veementemente recusada pela categoria.

A categoria reivindica o cumprimento dos planos de carreira e valorização salarial; realização de concurso público e rejeição às privatizações e terceirizações; defesa da previdência pública e solidária e destinação adequada de recursos para o serviço público.

“Na luta por legítimos direitos, o(a)s trabalhadore(a)s têm sido ameaçado(a)s e perseguido(a)s. Foi criada uma comissão para punir o(a)s grevistas, sendo que a greve já foi objeto de judicialização por parte do executivo municipal. A Diretoria Nacional do ANDES-SN manifesta seu irrestrito apoio e solidariedade aos e às trabalhadore(a)s do executivo municipal de Florianópolis(SC) e repudiamos a criminalização da luta”, ressalta, também em nota, a diretoria do Sindicato Nacional.

*Com fotos e informações do Sepe/RJ

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