O presidente Jair Bolsonaro interviu, novamente, na escolha do nome para a reitoria de uma universidade federal. Desrespeitando a decisão da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Goiás (UFG), que havia escolhido no ano passado o nome de Sandramara Matias Chaves, o presidente impôs a nomeação da terceira colocada na lista tríplice, Angelita Lima, como reitora da UFG.
Em nota, o ANDES-SN repudiou mais essa interferência de Bolsonaro nos processos internos das instituições federais de ensino. “A lista tríplice é resquício da ditadura empresarial militar, instrumento que ataca a autonomia universitária e segue sendo utilizado para afrontar a escolha democrática de docentes, estudantes e técnico(a)-administrativo(a)s das Universidades, Institutos e CEFETs. Já são mais de vinte instituições de Ensino Superior sob intervenção no país”, afirma a entidade.
Para o Sindicato Nacional, os ataques às Universidades, Institutos Federais e CEFETs, por parte do atual governo autoritário e genocida, visam dar continuidade à implementação do projeto do Capital para a educação. “Intervenções, cortes orçamentários, a retirada de direitos sociais, perseguições e anticientificismo são algumas das expressões da perversidade da agenda neoliberal em curso no país”, ressalta.
“Diante de mais esse ataque e desrespeito a autonomia, reafirmamos nosso compromisso histórico de luta pelo fim da lista tríplice e para que as eleições se encerrem nas Instituições de Ensino Superior. Reitor(a) eleito(a) é reitor(a) empossado(a)”, acrescenta.
O ANDES-SN, historicamente, defende que o processo de escolha de reitores ou reitoras se inicie e se encerre no âmbito das instituições de ensino e, desde que ocorreram as primeiras intervenções, tem lutado para que reitores e reitoras eleitos sejam empossados. Ao menos 25 reitoras e reitores já foram indicados por Jair Bolsonaro, desconsiderando a escolha da comunidade acadêmica e em total desrespeito à autonomia universitária. Confira aqui a nota na íntegra.
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