Interferindo mais uma vez na autonomia das universidades federais, o presidente Jair Bolsonaro ignorou a escolha da comunidade da Universidade Federal Rural da Amazônia e nomeou como reitora a segunda colocada no processo de consulta interna na UFRA. A professora Janae Gonçalves, primeira da lista tríplice obteve 2.211 votos. Porém, a indicada por Bolsonaro foi a professora Herdjania Lima, que recebeu 1.580 votos.
Em nota, a diretoria do ANDES-SN repudiou mais esse ataque de Jair Bolsonaro à autonomia das instituições federais de ensino e se solidarizou com a comunidade da UFRA. “O ataque à autonomia universitária por meio do desrespeito ao resultado das consultas para escolha de reitores(as) tem sido uma prática corriqueira do governo Bolsonaro, que é nitidamente inimigo da democracia. Essa escalada autoritária está alicerçada em um projeto negacionista e de ataque ao caráter público e gratuito da educação”, afirma o documento.
O Sindicato Nacional, historicamente, defende que o processo de escolha de reitores ou reitoras se inicie e se encerre no âmbito das instituições de ensino e, desde que ocorreram as primeiras intervenções, tem lutado para que reitores e reitoras eleitos sejam empossados. Ao menos 25 reitoras e reitores já foram indicados por Jair Bolsonaro, desconsiderando a escolha da comunidade acadêmica e em total desrespeito à autonomia universitária.
“Seguiremos dizendo não às intervenções por meio de mobilizações em cada IES atacada e de forma articulada em ações nacionais e internacionais”, ressalta a diretoria do ANDES-SN. Leia aqui a íntegra da nota.
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