A cidade de Salvador (BA) receberá na quinta-feira (25) mais uma mobilização de greve dos docentes das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). A concentração do ato será às 14h, no Teatro Castro Alves. São esperadas centenas de docentes, técnico-administrativos e estudantes na manifestação.
Os docentes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) estão em greve há 14 dias.
O movimento docente em greve foi recebido pelo governo baiano no dia 16. Foi a primeira reunião entre docentes e governo em quatro anos. Na ocasião, foi apresentada pelo governo a possibilidade de liberação de promoções e progressões através de um Projeto de Lei (PL).
O PL em questão é uma proposta de remanejamento de vagas sem ampliação e desvinculação de vaga/classe. Dessa forma, segundo os próprios representantes do governo, a proposta ainda não atende ao número total de filas na Uesb e Uneb. Embora tenha sinalizado a possibilidade de discussão sobre as demandas de regime de trabalho, o governo ainda não apresentou nenhuma proposta concreta em relação ao tema.
Sobre os demais itens da pauta de reivindicações da greve, o movimento docente aguarda posição do governo. Até o momento, o mesmo recusa-se a discutir reajuste salarial e ampliação do orçamento das Universidades. Rui Costa (PT) se comprometeu somente com a liberação dos R$ 36 milhões contingenciados, que não alcançam nem 50% do valor não repassado às Instituições no ano passado.
Além disso, esse recurso é destinado apenas para obras e equipamentos e não atende ao pleito do movimento, que luta por verbas para as rubricas de manutenção e custeio das universidades.
Caroline de Araújo Lima, 1ª secretária do ANDES-SN e docente da Uneb, afirma que o movimento docente já conquistou avanços com a greve. “Infelizmente, o governo da Bahia só abriu mesa de negociação quando foi indicada a deflagração de greve. Depois da deflagração da greve, o governo devolveu parte do orçamento das universidades que havia sido contingenciado. E só depois da deflagração da greve que o governo indicou publicar promoções e progressões”, afirma a docente.
Ela ressalta, porém, que a pauta de reinvindicações do movimento docente segue sem ser plenamente atendida. “Por isso, a indicação do Fórum das ADs é que a categoria permaneça em greve para que o movimento docente possa avançar ainda mais nessa luta”, completa Caroline. “O ato do dia 25 será uma demonstração de força do movimento docente e do restante da comunidade acadêmica das Ueba”, conclui.
Com informações e imagem de Fórum das ADs.