As e os docentes da Universidade Estadual de Goiás (UEG) podem paralisar as suas atividades nesta quarta-feira (21). A decisão ocorreu em assembleia realizada pela Associação dos Docentes da UEG (Adueg – Seção Sindical do ANDES-SN), na última sexta-feira (16). Foi definido ainda o prazo até a noite desta terça-feira (20) para que o governo de Ronaldo Caiado (União) responda às reivindicações apresentadas desde novembro do ano passado.
A categoria exige que o governo estadual encaminhe, imediatamente, à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a proposta de projeto de lei que extingue o atual Quadro de Vagas da Universidade, o qual limita o desenvolvimento na carreira de docentes que obtiverem novas titulações durante o exercício de sua profissão. No total, 282 docentes estão com as promoções (mudanças de classe por titulação) represadas desde 2018.
“O impedimento às promoções leva centenas de docentes a receberem vencimentos abaixo de suas titulações. Ou seja, temos doutores recebendo valores referentes à titulação de mestre e mestres recebendo como especialistas; além de doutores que não conseguem avançar na carreira para a última classe”, explica Marcelo Moreira, presidente da Adueg SSind. De acordo com o dirigente, a Secretaria de Estado de Administração (Sead) se nega a responder ao pedido de encaminhamento da proposta à casa legislativa.
Outra reivindicação da categoria é ter acesso imediato à proposta de alteração do Plano de Carreira de Docentes da UEG, formulada pela Sead, que teve como base a proposta apresentada pela Adueg SSind.“A Sead fez alterações no nosso Plano de Carreira e se nega a nos mostrar quais mudanças foram realizadas, nos impedindo de termos acesso a um instrumento que, indubitavelmente, nos interessa”, reforçou o presidente da seção sindical. A proposta foi aprovada em dezembro do ano passado pelo Conselho Universitário da UEG, após amplo debate com a categoria, representantes da Adueg SSind e da reitoria.
Para Marcelo Moreira, se o governo não responder as e os docentes até esta terça (20), haverá uma paralisação geral. “Esse é um governo que desrespeita a instituição e a categoria docente. A paralisação do dia 21 tem como objetivo chamar a atenção de toda a comunidade acadêmica sobre as inúmeras iniciativas de diálogo com o governo, avançar e buscar acesso ao Plano de Carreira. Várias unidades universitárias estão se reunindo no momento, conversando com as suas comunidades locais. Na quinta-feira, dia 22, realizaremos uma assembleia docente para definirmos se deflagramos o movimento grevista ou não”, afirmou.