O Ministério da Educação dispensou, na última semana (17), o interventor da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), Paulo César Fagundes, que ocupava o cargo de reitor pro tempore. Camilo Santana, ministro da Pasta, designou para o cargo, também temporariamente, o professor Julianeli Tolentino de Lima, que já foi reitor da instituição por duas gestões.
Em nota, a Seção Sindical do ANDES-SN na Univasf (Sindunivasf SSind.) manifestou apoiou a troca de reitores que, de acordo com a entidade, era esperada pela maior parte da comunidade acadêmica da Univasf.
"Há três anos a instituição sofria com uma gestão autocrática, sem diálogo, sem transparência e, muitas vezes, alinhada ao pensamento Bolsonarista, que incluía o ataque sistemático à educação pública brasileira", afirma a Sindunivasf SSind.
“Também manifestamos a nossa vontade para que o processo judicial, que trata do resultado da última eleição para a reitoria da Univasf, que nos levou a este caos, seja resolvido o mais breve possível, e que o reitor eleito, democraticamente, prof. Telio Nobre Leite, seja empossado para poder conduzir a nossa instituição, de acordo com o projeto de administração amplamente escolhido por sua comunidade acadêmica”, conclui a nota.
Entenda
Desde 2020, a Univasf estava sob administração do interventor nomeado pelo então ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub, descumprindo a lista tríplice e desconsiderando os candidatos mais votados pela comunidade acadêmica.
Na época, a diretoria do ANDES-SN manifestou repúdio contra mais uma intervenção realizada pelo governo federal. "O governo Bolsonaro e o Ministro da Educação demonstram, cotidianamente, aversão às consultas democráticas para escolha de dirigentes das IFES", dizia a nota do Sindicato Nacional.
O novo reitor, Julianeli Tolentino de Lima também assume o cargo temporariamente, visto que o último processo para escolha de reitor da Univasf foi questionado judicialmente. A expectativa é que a posição seja assumida pelo professor Télio Leite, escolhido através de uma consulta pública com 57% dos votos.
*Com informações do Brasil de Fato PE